domingo, 21 de novembro de 2010

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: POTENCIALIDADES E LIMITAÇÕES

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: POTENCIALIDADES E LIMITAÇÕES











Adair Pereira Júnior*

Sidnéa Lopes Silva**





Resumo: Este trabalho tem como principal objetivo discutir acerca das potencialidades e limitações relacionadas a Educação a Distância. Objetivamos ainda, apresentar, brevemente, o contexto de Educação a distância e focalizar a importância do uso do computador nesta ‘modalidade’ de ensino. Para isto, utilizamos como referencial teórico Souza (2009), Pretto (2003), Barreto (2003) dentre outros autores, que tratam sobre: aspectos pedagógicos, o impacto tecnológico provocado principalmente pelo advento do computador e a expansão do ensino superior.



Palavras-chave: educação a distância, tecnologias, possibilidades, limitações.



Abstract: This work has like main goal discuss about the potentialities and limitations of the Distance Education. We still intent to show, soon, the context of Distance Education and spot the importance of computer using at this “modality” of teaching. For this, we used as teoric reference Souza (2009), Pretto (2003), Barreto (2003) and others authors, that deal about: pedagogic aspects, the technologic impact, caused principally by the computer advent and the expansion of the superior teaching.



Key-words: distance education, technologies, possibilities, limitations.



















Introdução



Vivemos numa sociedade notadamente marcada pela “Era da informação” ou “Era Tecnológica”, oriunda do pós-modernismo. Se antes, a modernidade preconizada pelo movimento iluminista tinha como base a razão e a ciência, a pós-modernidade se caracteriza pelo desenvolvimento tecnológico e informacional.





A idéia de "pós-modernismo" surgiu pela primeira vez no mundo hispânico, na década de 1930, uma geração antes de seu aparecimento na Inglaterra ou nos EUA. Perry Anderson, conhecido pelos seus estudos dos fenômenos culturais e políticos contemporâneos, em "As Origens da Pós-Modernidade" (1999), conta que foi um amigo de Unamuno e Ortega, Frederico de Onís, que imprimiu o termo pela primeira vez, embora descrevendo um refluxo conservador dentro do próprio modernismo. Mas coube ao filósofo francês Jean-François Lyotard, com a publicação "A Condição Pós-Moderna" (1979), a expansão do uso do conceito. (LIMA, 2004, p. 1)





Atualmente, as ciências definem pós-modernidade conforme sua área de estudo, mas originalmente,



significava a perda da historicidade e o fim da "grande narrativa" - o que no campo estético significou o fim de uma tradição de mudança e ruptura, o apagamento da fronteira entre alta cultura e da cultura de massa e a prática da apropriação e da citação de obras do passado. (LIMA, 2004, p. 1)



Contudo, a maioria dos teóricos concorda entre si que o pós-modernismo tem como ferramenta principal as tecnologias da informação.

Tecnologia e informação tornaram-se as bases para configurar um novo modelo de sociedade que vive o fenômeno da globalização, caracterizado pelo rompimento de fronteiras de tempo e de espaço, o que contribui para modificações de hábitos, de comportamentos e de valores individuais e coletivos.

A revolução tecnológica traz implicações não apenas no comportamento das pessoas, mas em especial, no conhecimento, na aprendizagem e nos meios de comunicação. Um novo cenário se re-configura, repercutindo diretamente sobre os processos de aprender e de ensinar com as tecnologias tanto nas instituições de ensino presencial, quanto nas que o oferecem na modalidade a distância.

Não se pode negar que a educação a distância se tornou um grande filão para os investidores da área de produção de softwares e equipamentos de suporte à comunicação em rede, fomentando a economia e ampliando o acesso de pessoas a esses meios comunicativos que promovem formação e interatividade.

Portanto, não procede mais o discurso pré-concebido de que a educação a distância esteja aquém da educação presencial, já que ambas tem suas particularidades, mas comungam os mesmos objetivos educacionais.

O crescimento acelerado das tecnologias e da oferta de cursos a distância causam inquietudes e fazem emergir questionamentos sobre as suas complexas possibilidades e também sobre as suas limitações.

Nesse sentido, almejamos neste trabalho, trazer a discussão acerca das potencialidades e limitações relacionadas a Educação a Distância - EaD , buscando ampliar a compreensão em torno deste assunto.Consideramos os aspectos pedagógicos, o impacto tecnológico provocado principalmente pelo advento do computador e a expansão do ensino superior.

No entanto, devemos conhecer o contexto da EaD, na tentativa de colaborar para uma melhor compreensão sobre suas possibilidades e suas limitações.



Contexto da Educação a Distância



A Educação a Distância, ao contrário do que alguns podem pensar, não tem sido uma invenção a partir da internet. Segundo especialistas, remonta da Era Cristã, caracterizada nas epístolas presentes na Bíblia, como meio doutrinário para todos aqueles, que mesmo distantes do aposto Paulo, pudessem seguir seus preceitos. Desde então, evolui-se para cursos por correspondências, tele-aulas, radiodifusão, até os dias de hoje, amparadas pelas Tecnologias de Informação e Comunicação – TIC, em especial, as redes colaborativas de aprendizagem.

Segundo Mill et al (2008, p. 113)



No final do seculo XIX, a educação a distancia (EaD) surge nos Estados Unidos e na Europa como alternativa para atendimento a demanda por conhecimentos profissionais provenientes de pessoas que residiam em locais distantes dos centros mais desenvolvidos; que não haviam frequentado a escola na época adequada; ou que haviam passado por situações de fracasso nesse processo. Apesar de permitir que diferentes pessoas tivessem acesso ao conhecimento, a EaD não surgiu no cenário nacional sem restrições.





Aqui no Brasil, a EaD se consolidou com o artigo 80 da LDB 9394/96 , embora seus desdobramentos tenham sido enfatizados em 2007 com o programa Universidade Aberta do Brasil - UAB, ampliando consideravelmente o número de vagas à população com a oferta de cursos gratuitos de formação em nível: técnico, graduação e pós-graduação.

Diante das mudanças dos paradigmas educacionais,



[...] torna necessário que ampliemos o próprio conceito de EAD. Trata-se de conceber a educação em geral, e não apenas um setor especializado da mesma, a partir da mediação das tecnologias de comunicação em rede, já presentes na sociedade atual. (CRISTIANE NOVA, ALVES, 2003, p. 2).





Concebendo a Educação a Distância no sentido literal do termo, seria



qualquer modalidade de transmissão e/ou construção do conhecimento sem a presença simultânea dos agentes envolvidos. Nessa perspectiva, a difusão da escrita teria sido uma das principais (e até hoje mais eficazes) tecnologias aplicáveis a EAD. (CRISTIANE NOVA, ALVES, ibidem).





Assim, podemos compreender a EaD como uma das modalidades de ensino e de aprendizagem que abre uma vasta possibilidade de se utilizar dos suportes tecnológicos existentes, para promovê-la completamente à distância física entre ensinantes e aprendentes. Entretanto, esses suportes podem ser inseridos também em ensinos presenciais ou mistos.

Em virtude do mundo contemporâneo e a grande pressão para que os indivíduos dominem os instrumentos tecnológicos de comunicação e informação, muitas são as instituições, que gradativamente, vêm inserindo modelos pedagógicos híbridos.

Esses modelos combinam atividades presenciais com atividades a distância, tendo em vista, atender as necessidades individuais e coletivas e conciliar trabalho e formação. Incorpora-se a flexibilidade de tempo e de espaço, possibilitando às pessoas obter formação e conhecimento sem se deslocar de sua residência ou de seu escritório até a um campus, por exemplo.

Sob esse ponto de vista,



trata-se de conceber coletivamente sistemas de educação conectados às necessidades e objetivos atuais de nossa sociedade, a partir de perspectivas sociais, pedagógicas e éticas, que busquem explorar ao máximo as potencialidades trazidas pelas tecnologias, em processo contínuo de expansão acelerada. E, como educadores e cidadão de um mundo em transição, devemos estar preparados para conviver com uma educação com designs distintos daqueles que experimentara nossos avós, pais e nós próprios, a exemplo de processos similares vividos por outros setores da sociedade, como a medicina, os transportes, a economia, a política, etc. (CRISTIANE NOVA, ALVES, 2003, p.2)



Os desafios consistem entre outros, no desenvolvimento de ações tutoriais que estimulem aos estudantes a desenvolverem a autoaprendizagem, expondo seus diferentes pontos de vista e, coletivamente produzirem conhecimento significativo através das tecnologias.



As tecnologias afetam a produção, a energia, as comunicações, o comércio, o transporte, o trabalho, a família, assim como nossa maneira de viver, de trabalhar, de aprender, de nos comunicar, de sistematizar o que conhecemos e todas as atividades relacionadas com a educação e a formação; a informação não é estática e está acessível em múltiplos lugares (open learning) e pode ser obtida de forma gratuita por meio de enlaces virtuais (hiperlinks); a informação está organizada em várias linguagens de comunicação e de múltiplas formas: escrita, sonora, audiovisual, multimidiática. (FIORENTINI, 2009 p.138,139)





O próprio Ministério da Educação - MEC, no intuito de ampliar o acesso ao curso superior, criou em 2005 o sistema de Universidade Aberta do Brasil – UAB, priorizando a formação inicial a professores em efetivo exercício na educação básica, mas ainda sem graduação. A UAB também prevê a redução das desigualdades na oferta de ensino superior e o desenvolvimento de um amplo sistema nacional de educação a distância.

Apesar da crescente utilização das tecnologias da informação em EaD para reduzir distâncias, tanto do poder público, quanto da iniciativa privada, Pretto (2003) alerta que precisamos estar atentos, pois se isto não ocorrer em larga escala, poderemos estar legitimando, mais uma vez, uma cruel exclusão daqueles que já são excluídos.

O autor ainda ressalta que a internet foi a grande detonadora da sociedade da informação, sendo inclusive, um de seus pilares.



Assim, precisamos entendê-la não como uma questão meramente tecnológica, mas essencialmente, como um fator de cultura. (PRETTO, 2003, p. 37)

Este novo cenário sociocultural potencializado pelo computador e pela internet delineia a exigência de novos perfis pessoais e profissionais, impondo um



desafio constante e crescente aos educadores e aos sistemas formativos, pela introdução de importantes possibilidades de interação, intercâmbio de ideias e materiais, entre alunos e professores, entre alunos e dos professores entre si, entre alunos e a instituição de ensino superior. (FIORENTINI, 2009, p. 140).





Quanto mais cenários emergem, mais necessidades surgem no sentido de



[...] mediar os processos de aprendizagem por meio de ferramentas e ambientes virtuais, que possibilitem viabilizar a ocorrência de processos mais democráticos de relacionamento e de construção cooperativa de conhecimento entre os participantes, onde quer que estejam. Há uma força pedagógica

imbricada nesse contexto social de aprendizagem que pode apoiar a argumentação, aplicação, construção de conhecimentos entre indivíduos que se aproximam por meio de atributos e/ou critérios distintos (FIORENTINI, 2009, p. 144).





Percebe-se então, que a EaD deixa de ser apenas uma possibilidade de atendimento a superar barreiras físicas para tornar-se uma modalidade na qual a sociedade tem recebido numa escala cada vez maior, apesar da desconfiança inicial de que pudesse ser uma formação aquém da formação dos cursos presenciais.

Em 2004, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP – comparou o desempenho dos alunos matriculados em cursos presenciais e a distância, em treze áreas. Em sete áreas, os alunos da EaD, obtiveram desempenho superior nos conteúdos avaliados.



Potencialidades e limitações da EaD no ensino superior



De acordo com dados recentes do INEP, entre 2007 e 2008, o número de alunos matriculados em cursos superiores a distância cresceu 96,9% . Isso demonstra que uma parcela significativa da população tem aderido aos cursos por diversas vantagens, que dentre elas, Fortunato e Ferreira (2001), destacam:

• Eliminação ou redução de custos com deslocamentos tanto de alunos quanto de professores, podendo assim atender a um grande número de estudantes ao mesmo tempo.

• Oferta de cursos variados. Diversas são as áreas as quais já são possíveis cursar a distância, por exemplo, a área de formação de profissionais da educação, da administração, etc..

• Flexibilidade de tempo para aqueles que não podem, não querem ou não puderam, não quiseram freqüentar o ensino presencial, já que a organização do tempo de estudo não depende da instituição que o oferece, mas sim do próprio estudante, de acordo com suas possibilidades.

• O aluno é o centro da aprendizagem e o professor e os tutores, os mediadores. Além de ser considerado sujeito da própria aprendizagem, cada um pode aprender no seu ritmo.

• Conteúdos elaborados por especialistas e recursos multimídia que facilitam a interatividade, aqui, em especial, a internet e seus recursos, geralmente de fácil manuseio.

• A possibilidade de contribuir e receber muito mais contribuições a partir das interações em fóruns, chats, etc.



Mas, todas estas vantagens se potencializam se



[...] houver uma “humanização” do espaço ou meio onde são lecionados os cursos, tornando-os os mais interativos possíveis e aperfeiçoando-os com constantes remodelações e atualizações de forma que o ambiente seja dinâmico e não um espaço onde simplesmente é publicada a informação. Deve também haver cuidado de expor claramente os conteúdos para não suscitarem dúvidas e, no caso de estas existirem, devem ser prontamente retiradas e esclarecidas. (FORTUNATO, FERREIRA, 2001, p. 53)





A internet é um recurso potencialmente fomentador de aprendizagens, pois promove a integração das comunidades oferecendo informações de qualidade, troca de experiências entre os participantes das redes virtuais, e porque não dizer, inclui sujeitos e grupos anteriormente excluídos da “alfabetização” tecnológica. Porém, o seu uso no ensino e na aprendizagem sem um mediador que oriente seus alunos pode provocar mais cisão e discriminação do que interação entre os pares, já que o contato é desprovido do calor humano.

A internet tem um caráter mediador quando nos referimos a EaD, entretanto, para sua utilização eficiente e eficaz, não basta aos professores e tutores dominarem os recursos técnicos. É preciso ter senso crítico elaborado para não correr o risco da extrema didatização do ensino.



Limitações da EaD no ensino superior



A EaD é como uma via de mão dupla. Ao mesmo tempo em que suas potencialidades são ressaltadas, há também as limitações. Dependendo da instituição, do curso, da região, enfim, de acordo com o contexto, as limitações se apresentam diferenciadas. Mas, de um modo geral,











no Brasil, as ações voltadas à educação a distância, principalmente, as que envolvem instituições públicas, associadas ou não às organizações não-governamentais, têm caráter de suprir a demanda gerada pelas deficiências do sistema formal. Essas ações buscam sempre compensar, de forma rápida, a defasagem na formação do trabalhador, seja ele professor ou não. (GOUVÊA, OLIVEIRA, s/d. p. 4)



Esta formação “aligeirada” fragmenta o conhecimento, a aprendizagem e, consequentemen-te, compromete a formação.



Em outras palavras, a incorporação das TIC é uma condição necessária, mas não suficiente para universalizar uma educação de qualidade: inclusiva, não contente com a equidade e com a massa dos “sobrantes” que este conceito pressupõe (BARRETO, PRETTO et al. 2003, p. 20).



Se “sobram” professores sem graduação e é oferecido a eles cursos a distância para inseri-los nas estatísticas dos “diplomados” em nível superior, a EaD se apresenta mais como uma maneira de “maquiar” as mazelas com a (de)formação docente brasileira do que propriamente democratizar o acesso ao ensino superior e promover formação de qualidade.

Outras limitações também estão presentes nos cursos de EaD:

• Normalmente, as turmas são grandes e as interações nos fóruns (principal forma de interação, pois há outras como: chat, e-mail, mensagens) podem se tornar massivas e, às vezes, desmotivantes.

• Ainda persiste a falsa ilusão de que “freqüentar” um curso em EaD é mais “fácil” que o presencial. Em virtude dessa concepção equivocada, há aqueles que têm dificuldade em lidar com processos de aprendizagem autônomos, que demandam de organização do tempo. E há aqueles que não conseguem se disciplinar com seus afazeres profissionais, pessoais e acadêmicos. Isto contribui para a não interação ou a participação esporádica nas discussões dos fóruns, por exemplo. Provavelmente, alunos com este perfil, colaboram para o índice estatístico de evasão na EaD.

• A internet é cara e de má qualidade. Das conexões oferecidas, mais da metade é inferior a 1 Mbps , não chegando, portanto, a ser considerada banda larga. Além da baixa velocidade há problemas freqüentes de instabilidade na conexão. Esta é uma constatação de uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC). O estudo a inda revelou que o valor pago para ter acesso à internet banda larga aqui no Brasil, é bastante elevado – cerca de dez vezes mais – se comparado a outros países, como por exemplo, Estados Unidos, Coréia do Sul, Japão e Rússia.

• Aqui no Brasil mesmo existindo programas de formação a distância gratuitos oferecidos pelo governo federal, caso o usuário não disponha de computador conectado a internet precisará freqüentar lan-houses, o que também gera custos.

• Mesmo havendo interativida-de entre professores, alunos e tutores, nem sempre é possível responder atender a todos em tempo hábil para sanar dúvidas ou orientar, já que, na maioria das vezes, a precarização do trabalho docente também se estende à EaD.

• Os registros precisam ser realizados com muito mais critérios e cuidados, pois nem sempre o que se escreve é exatamente o que outro lê. Tanto professores quanto alunos necessitam estar atentos. Na EaD, a escrita torna-se componente subjetivo que pode levar a várias interpretações, inclusive diversa daquela que o emissor pretendia transmitir ao seus receptores/leitores.

• Apesar de a essência da EaD ser ministrada superando fronteiras geográficas, o contato com a “frieza” das máquinas, ainda que interagindo com os pares, pode provocar, ao invés de aproximação, cisão entre os sujeitos.

• Nem sempre é possível acessar as ferramentas assíncronas, como por exemplo, os fóruns de discussões, porque em alguns casos, sites de hospedagem são desligados determinados horários do dia.

• As videoconferências demandam de altos investimentos, salas com equipamentos, sofisticados e de alto custo, softwares e profissionais especializados, o que muitas vezes, inviabiliza o atendimento a regiões mais distantes.



A educação e as Tecnologias de informação e comunicação



A inserção das TIC na educação parece ser irrevogável. Não se trata de algo fácil de ser implantado com equidade e qualidade tendo em vista as contradições sociais, políticas e econômicas do nosso país.



No entanto, já se tem algumas pistas dos caminhos a percorrer para que a integração dos novos meios técnicos aos processos educacionais aconteça no sentido da construção da cidadania e da emancipação e não do simples consumo. (BELLONI, 2001, p. 56)



Esta abordagem da autora chama a atenção para o fato de que apesar de o nosso meio estar sendo cada vez mais técnico e menos “natural”, as tecnologias precisam ser utilizadas com critérios e senso para uma educação de qualidade e não por puro modismo.

Nesta passagem de século para o terceiro milênio, a cultura midiática tem ditado regras, inclusive para os paradigmas educacionais. Moran (1995, s.p.) afirma que



as tecnologias de comunicação não substituem o professor, mas modificam algumas das suas funções. A tarefa de passar informações pode ser deixada aos bancos de dados, livros, vídeos, programas em CD. O professor se transforma agora no estimulador da curiosidade do aluno por querer conhecer, por pesquisar, por buscar a informação mais relevante.





Assim, cabe ao professor, coordenar o processo e contextualizar as informações de sues alunos, transformando-as em conhecimento.

As tecnologias, em especial, a internet, pode ser utilizada para desenvolver autonomia e capacidade intelectual. Na educação a distância, a internet tem sido uma ferramenta importante nesta construção, uma vez os alunos participam coletivamente expondo suas opiniões, ainda que alguns, não divirjam ou concordem entre si.



Considerações



A EaD é um progresso educacional para atender à demanda de uma sociedade dita pós-modernista. Entretanto, promovê-la em instituições públicas ou particulares não é garantia de qualidade nem de democratização de acesso ao ensino e aos bens intelectuais acumulados socialmente. Porém, é necessário ressaltar que mesmo apresentando limitações, a EaD tem alcançado êxito. Prova disso, são os resultados do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes - ENADE mencionados nesta pesquisa.

Paulatinamente, a cultura centrada na figura do professor vai cedendo lugar para o aluno como sujeito autônomo e capaz de gerir a própria aprendizagem. Nesse sentido, mesmo com toda a fragmentação do ensino a distância, os estudantes que se organizam e se disciplinam dispostos a vencer são dignos de admiração.

Parte deste esforço decorre do uso do computador conectado à internet e a uma educação dos novos tempos. O aluno é o “comandante” de sua aprendizagem. Depende dele a idoneidade de realizar efetivamente as atividades propostas e compartilhá-las.

Parece que estamos, definitivamente, sinalizando para a educação dos novos tempos: estudando mais isoladamente e ao mesmo tempo com os grupos virtuais contribuindo para a aprendizagem colaborativa, aprimorando assim, nossas habilidades intelectuais.



Referências



BARRETO, Raquel Goulart. As políticas de formação de professores: novas tecnologias e educação a distância. In: BARRETO, Raquel Goulart. (org.) PRETTO Nelson de Luca. et al. Tecnologias Educacionais: avaliando políticas e práticas. Quartel: Rio de Janeiro, 2003, p. 10-23.



BELLONI, Maria Luiza. A integração das tecnologias de informação e comunicação aos processos educacionais. In: ______. Tecnologias educacionais e educação a distância: avaliando políticas e práticas. Rio de Janeiro: Quartet, 2001. p. 54-73.



CRISTIANE NOVA; ALVES, Lynn. Educação à distância: limites e possibilidades. Disponível em: . Acesso em: 31 ago./2010.



LIMA, Raymundo de. Para entender o pós-modernismo. Revista Espaço Acadêmico nº 35, abr../2004. Disponível em: Acesso em: 30 de ago./2010.



MILL, Daniel et al. O desafio de uma interação de qualidade na educação a distância: o tutor e sua importância nesse processo. Cadernos da Pedagogia, Ano 02, vol. 02, nº 04, ago./dez. 2008. Disponível em: . Acesso em: 25 de ago./2010.



PEREIRA, Eva Waisros; MORAES, Raquel de Almeida. História da Educação a distância e os desafios na formação de professores no Brasil. In: In: SOUZA, Amaralina Miranda de; FIORENTINI, Leda Maria Rangearo; RODRIGUES, Alexandra Militão (orgs.). Educação superior a distância: Comunidade de Trabalho e Aprendizagem em Rede (CTAR).Brasília: Universidade de Brasília, Faculdade de Educação, 2009. Cap. 3, p. 65-86. Disponível em: . Acesso em: 25 de maio/2010.



PRETTO, Nelson de Luca. Desafios para a educação na era da informação: o presencial, a distância, as mesmas políticas de sempre. In: ____ et al. Tecnologias educacionais e educação a distância : avaliando as políticas públicas. Quartel: Rio de Janeiro, 2003, p. 29-53.



SETTE, Sônia Schechtman. A tecnologia contribuindo para uma escola cidadã. Disponível em: . Acesso em: 10 ago./2010.



SOUZA, Amaralina Miranda de; REGO, Elizabeth Danziato; CÓRDOVA, Rogério de. Pesquisa em educação a distância: desafios e Possibilidades. In: SOUZA, Amaralina Miranda de; FIORENTINI, Leda Maria Rangearo; RODRIGUES, Alexandra Militão (orgs.). Educação superior a distância: Comunidade de Trabalho e Aprendizagem em Rede (CTAR).Brasília: Universidade de Brasília, Faculdade de Educação, 2009. Cap. 8, p. 203-228. Disponível em: . Acesso em: 25 de maio/2010.







sábado, 25 de setembro de 2010

DANÇA - A ESCOLHA DO SEU PAR

A ESCOLHA DO SEU PAR

"Nos bailes, as mulheres faziam umverdadeiro teste psicológico, físico e social de um futuro marido e obtinham o que poucos testes psicológicos revelam"



Há trinta anos, os adolescentes encontravam o sexo oposto em bailes de salão organizados por clubes, igrejas ou pais responsáveis preocupados com o sucesso reprodutivo de seus rebentos.



Na dança de salão o homem tem uma série de obrigações, como cuidar da mulher, planejar o rumo, variar os passos, segurar com firmeza e orientar delicadamente o corpo de uma mulher. Homens levam três vezes mais tempo para aprender a dançar do que mulheres. Não que eles sejam menos inteligentes, mas porque têm muito mais funções a executar. Essa sobrecarga em cima do homem permite à mulher avaliar rapidamente a inteligência do seu par, a sua capacidade de planejamento, a sua reação em situações de stress. A mulher só precisa acompanhá-lo. Ela pode dedicar seu tempo exclusivamente à tarefa de avaliação do homem.

Uma mulher precisa de muito mais informações do que um homem para se apaixonar, e a dança permitia a ela avaliar o homem na delicadeza do trato, na firmeza da condução, no carinho do toque, no companheirismo e no significado que ele dava ao seu par. Ela podia analisar como o homem lidava com o fracasso, quando inadvertidamente dava uma pisada no seu pé. Podia ver como ele se desculpava, se é que se desculpava, ou se era do tipo que culpava os outros.





Essa convenção social de antigamente permitia ao sexo feminino avaliar numa única noite vinte rapazes entre os 500 presentes num grande baile. As mulheres faziam um verdadeiro teste psicológico, físico e social de um futuro marido e obtinham o que poucos testes psicológicos revelam. Em poucos minutos conseguiam ter uma primeira noção de inteligência, criatividade, coordenação, tato, carinho, cooperação, paciência, perseverança e liderança de um futuro par.



Infelizmente, perdemos esse costume porque se começou a considerar a dança de salão uma submissão da mulher ao poder do homem, porque era o homem quem convidava e conduzia a mulher.



Criaram o disco dancing, em que homem e mulher dançam separados, o homem não mais conduz nem sequer toca no corpo da mulher. O som é tão elevado que nem dá para conversar, os usuais 130 decibéis nem permitem algum tipo de interação entre os sexos.



Por isso, os jovens criaram o costume de "ficar", o que permite a uma garota conhecer, pelo menos, um homem por noite sem compromisso, em vez de conhecer vinte rapazes numa noite, também sem compromissos maiores.



Pior: hoje o primeiro contato de fato de um rapaz com o corpo de uma mulher é no ato sexual, e no início é um desastre. Acabam fazendo sexo mecanicamente em vez de romanticamente como a extensão natural de um tango ou bolero. Grandes dançarinos são grandes amantes, e não é por coincidência que mulheres adoram homens que realmente sabem dançar e se apaixonam facilmente por eles.



Masculinizamos as mulheres no disco dancing em vez de tornar os homens mais sensíveis, carinhosos e preocupados com o trato do corpo da mulher. Não é por acaso que aumentou a violência no mundo, especialmente a violência contra as mulheres. Não é à toa que perdemos o romantismo, o companheirismo e a cooperação entre os sexos.



Hoje, uma garota ou um rapaz tem de escolher o seu par num grupo muito restrito de pretendentes, e com pouca informação de ambas as partes, ao contrário de antigamente.



Eu não acredito que homens virem monstros e mulheres virem megeras depois de casados. As pessoas mudam muito pouco ao longo da vida, na realidade elas continuam a ser o que eram antes de se casar. Você é que não percebeu, ou não soube avaliar, porque perdemos os mecanismos de antigamente de seleção a partir de um grupo enorme de possíveis candidatos.



Fico feliz ao notar a volta da dança de salão, dos cursos de forró, tango e bolero, em que novamente os dois sexos dançam juntos, colados e em harmonia. Entre o olhar interessado e o "ficar" descompromissado, eliminamos infelizmente uma importante etapa social que era dançar, costume de todos os povos desde o início dos tempos.



Se você for mãe de um filho, ajude a reintroduzir a dança de salão nos clubes, nas festas e nas igrejas, para que homens aprendam a lidar com carinho com o corpo de uma mulher.



Se você for mãe de uma filha, devolva a ela a oportunidade que seus pais lhe deram, em vez de deixar sua filha surda, casada com um brutamontes, confuso e insensível idiota.





Stephen Kanitz é administrador por Harvard (www.kanitz.com.br)







sábado, 10 de julho de 2010

Historia do Futsal

              A versão mais aceita para o surgimento do Futebol de Salão é a de que ele começou a ser praticado por volta de 1940, por jovens freqüentadores da Associação Cristã de Moços, em São Paulo. Enfrentando dificuldades para encontrar campos de futebol para divertimento em suas horas de lazer, estes improvisaram "peladas" nas quadras de basquete e hóquei, aproveitando as traves usadas na prática desse último esporte. No início, as "equipes" variavam em número, tendo cinco, seis e até sete jogadores, sendo pouco a pouco fixado o limite de cinco. Bolas - As bolas eram de crina vegetal ou serragem, sofrendo sucessivas modificações, inclusive com o uso de cortiça granulada. Como as bolas de ar utilizadas depois saltavam muito e saiam freqüentemente das quadras, posteriormente tiveram seu tamanho diminuído e o peso aumentado. Daí o fato de o Futebol de Salão ser chamado de "esporte da bola pesada". Conquistando - De repente o novo esporte começou a ganhar corpo, estendendo-se a outros Estados, estabelecendo-se regras elementares procurando disciplinar sua prática. Dentro de pouco tempo organizavam-se times disputando torneios abertos. Dada a facilidade para a formação de equipes rapidamente ganhava adeptos sendo introduzido em quase todas as Capitais, que já o praticavam copiando regras uns dos outros.Organização - Na década de 50 surgiram várias Federações Estaduais, sendo a pioneira a Federação Metropolitana de Futebol de Salão (atual Federação de Futebol de Salão do Estado do Rio de Janeiro), fundada a 28 de Julho de 1954, na sede do América Futebol Clube.Em 1955 a Entidade carioca organizou a primeira competição oficial, denominando-a "Torneio de Apresentação", vencido pelo Braz de Pina. Em 1955 foi realizado o primeiro campeonato na cidade do Rio de Janeiro, com 42 disputantes. Em 1956, no Estado do Ceará, que mais tarde viria a ser a sede da Confederação Brasileira de Futebol de Salão, foi o primeiro campeonato dirigido pela recém fundada Federação Cearense de Futebol de Salão.Regras - Até 1959 havia divergência de regras, com Rio de Janeiro e São Paulo disputando a primazia do novo esporte, procurando impor seus pontos de vista. O Futebol de Salão ganhara, já, tal amplitude que a então Confederação Brasileira de Desportos resolveu oficializar a sua prática, uniformizando suas regras, aceitando como filiadas as Federações Estaduais e promovendo certames de âmbito nacionais, de clubes e seleções.Convém destacar que o amor e a tendência natural do brasileiro pelo futebol transfundiram-se para o Futsal, em razão da valorização imobiliária e de outros fatores sócio-econômicos que implicaram na quase extinção dos antigos campos de várzea.
             E o futebol passou, à falta de espaços principalmente nas áreas urbanas, a ser praticado em quadras originalmente destinadas a jogos de basquete e vôlei, daí explicar-se a "febre" do Futebol de Salão.Atualmente - Hoje, seguramente o Futsal é a recreação e lazer desportivo da preferência de mais de 12 (doze) milhões de brasileiros, tendo assim, grande relevância não só na manifestação esporte-performance, como também nas outras manifestações (esporte-educação e esporte-participação) definidas na recomendação nº 01/86 do CND.Mais praticado - Em pesquisa realizada pela revista "Placar" de 01/06/84, corroborada em 1985 pelo IBGE, em seu anuário Estatístico, quanto aos esportes mais praticados no Brasil, especialmente nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, nas classes A, B e C e nas faixas de idade de 15/19 e de 20/24, evidenciou-se que o Futsal está em primeiro lugar na preferência nacional. E tudo isto decorre de ser o Futsal, sem dúvida, o único esporte genuinamente brasileiro e que não impõe o biótipo geralmente requerido para certas modalidades "importadas", podendo praticá-lo o alto, o baixo, o gordo, o magro, o jovem ou o mais idoso, daí ter tomado de roldão as quadras e espaços de recreação dos colégios, edifícios, empresas, pólos de lazer, clubes sociais e esportivos, quartéis, praças, conjuntos habitacionais, etc.Ícones - Além deste aspecto democrático e participativo, convém assinalar que Pelé, Zico, Sócrates, Casagrande, Edinho, Rivelino, Paulo César, Reinaldo, Robertinho, Artuzinho, Juninho, Caio, Denilson, Leonardo, Ronaldinho dentre outros consagrados "astros" do futebol creditam grande parte de seu sucesso ao aprendizado obtido no Futsal, onde iniciaram a vida desportiva.
              O jogador que vem do Futsal tem um drible fácil e curto, aperfeiçoado pelo pequeno espaço em quadra. Aprende-se a conduzir a bola perto do corpo, aprimora o domínio raramente errando um passe, além de ter um sentido de marcação muito desenvolvido.Vale salientar que hoje o futsal não é apenas praticado e assistido nos ginásios convencionais, o nosso esporte conta com três Mundialitos disputados em arena especialmente construída, a céu aberto, na praia de Copacabana no Rio de Janeiro, por ocasião dos Festivais de Verão promovidos pelo Comitê Olímpico Brasileiro nos anos de 1995, 1996 e 1998, sagrando-se campeão em todos, além de ser amplamente divulgado nos meios de comunicação, inclusive com cobertura televisiva sistemática.

Por que estudar Educação Física na escola?

Disciplina é importante para a formação dos cidadãos.

Ainda não existe uma resposta simples para isso, mas muitos pesquisadores já se debruçaram em respondê-la anteriormente. Contundo, atualmente ainda não temos uma grande quantidade de trabalhos que buscam responder a questão. Isso deve ter ocorrido pelo fato dos trabalhos anteriores, não necessariamente se concretizaram em mudanças no paradigma da Educação Física escolar.

Porém, esta questão central, qual seria o objetivo de se estudar no mínimo por 12 ou 13 anos Educação Física na educação infantil, no ensino fundamental e médio, perfazendo um total aproximado de 1.040 aulas?

Será que poderia dizer que o seu objetivo é desenvolver habilidades motoras? Mas como poderia sustentar esse objetivo, se as aulas de Educação Física duram em média 45 ou 50 minutos duas vezes por semana, e as crianças, mesmo ironicamente contra a vontade da escola, se movimentam em outros ambientes por meio de estímulos e necessidades? As crianças necessitam das aulas de Educação Física para completar o seu desenvolvimento motor? Se pesquisas mostrarem que sim, seriam apenas 100 minutos por semana suficientes?

Ou as aulas de Educação Física se justificariam pelo fato de se caracterizar como o único momento que seria permitido às crianças se movimentarem, nas cinco horas que passam confinadas dentro da escola?

Nesse sentido, o objetivo seria apenas recrear as crianças? Apenas para ocupar o tempo em atividades descontextualizadas dirigidas por adultos? Então o professor seria apenas um monitor e não um especialista na área?

Por outro lado, será que a Educação Física deveria ser responsável por selecionar atletas para abastecer o cenário olímpico nacional? E se esse é o caso, por que os esportes ensinados são apenas futsal, basquete, vôlei e handebol?

É incontestável que qualquer disciplina deva ensinar o aluno a viver em sociedade. Por isso, as ações pedagógicas devem ser voltadas para encontrar problemas para as soluções do mundo. A escola e a Educação Física devem ser vistas como uma prática primordial para o desenvolvimento do individuo num ambiente humano, cultural e social.

Sendo assim, a Educação Física só se justifica na escola se propor realizar um projeto integrado com as demais disciplinas, almejando desenvolver a consciência sobre a experiência humana e autonomia, por meio de práticas corporais.

As aulas de Educação Física não devem exclusivamente possibilitar o desenvolvimento motor, mesmo porque, não é aceitável o fato de que somente duas aulas semanais sejam suficientes para potencializar o desenvolvimento motor.

São poucas as pessoas que algum dia visitarão as quatro maiores ilhas que compõe o Japão, ou que utilizarão conscientemente um anacoluto, uma prosopopéia, ou uma oração subordinada adverbial, mas todos assistem e continuarão a assistir cada vez mais, filmes sobre futebol americano, beisebol, chorando e se emocionando com as cenas. Porém não compreendendo nada, nem de lógica do jogo, nem muito menos seu componente ideológico.

Porém, não quer dizer que a Educação Física seja mais importante que as outras disciplinas, mas mostra que ela deveria ter o mesmo grau de importância dado às outras disciplinas, já que também faz parte do processo de formação dos cidadãos.





MORERIA, Wagner Wey (org.). Educação Física: intervenção e conhecimento científico. Editora Unimep, 2004

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Educação a Distancia


Pesquisa em Educação a Distância


A Educação a Distancia não se faz somente presente em estabelecimentos de ensino, mas, é realidade em todo o mundo. Forma primitiva que através dos séculos vem se organizando, moldando até sua organização.

Quanto ao seu surgimento existem varias fontes históricas sobre o EAD, a de que tenha começado no século XV, Jonhannes Guttenberg, na Alemanha inventou a imprensa. Mesmo que os registros apontem que a EAD no Brasil tenha chegado somente no ano de 1904, através das escolas Internacionais, Entretanto o jornal do Brasil iniciou suas atividades em 1891 com sua primeira edição, anuncio que oferecia profissionalização por correspondência. No final da década de 80 e inicio da década de 90, nota-se um grande avanço da EAD brasileira, através da difusão da língua estrangeira e da Informatização. Na verdade EAD está em quase todo o mundo, tanto nas nações industrializadas, como também em paises em desenvolvimento.

Quanto a Administração da EAD é importante saber que ela está calçada nos fundamentos globais da administração, não deixando de lado que devemos exigir que a administração deva ser participativa, atuante, dinâmica e renovadora. Nos aspectos técnicos da educação a distância tem como foco principal conhecer melhor tecnicamente o que é conceitualmente a EAD. 1ª Geração - Ensino a correspondência 2ª Geração - Tele educação (Radio, TV, textos, etc.) 3ª Geração – Sistemas Integrados de EAD e 4ª Geração – Escolas Virtuais. Não podendo deixar de lado uma visão geral da evolução, Geração, Benefícios e dificuldades. Já o desenvolvimento de EAD passa por etapas: Planejamento, Elaboração dos conteúdos, Produção, Implantação e Avaliação.

O desafio da gestão na EAD tem como características: O ensino Institucional, O Aluno – Cliente, Professor – produtor, o contexto industrial e sua credibilidade.


A EAD nos estabelecimentos de ensino é definida por proposta pedagógica, tendo estabelecimentos que somente trabalhem com educação presencial, outras só com EAD e um terceiro que mescla os dois sistemas. Cabe a Instituição manter um equilíbrio entre o Projeto pedagógico e econômico, afim da viabilização global da instituição. A participação das empresas no processo de modernização dos pais está ligada de treinamento pessoal, e o método de ensino a distancia são mecânicos e de massificação do conhecimento. Segundo os aspectos organizacionais da EAD, o importante termos um sistema dinâmico, rápido e abrangente. Segundo estudos aprendemos 1% através do Paladar, 1,5% Tato, 3,5% Olfato, 11% Audição e 83% através da visão. Também estudos mostram que retemos 10% do que lemos 20% que estudamos 30% que vemos 50% vemos e escutamos 70% Ouvimos e logo discutimos, e 90% Ouvimos e logo realizamos.

Portanto, o EAD é peça importante para se chegar mais rápido as necessidades do amanhã, sendo imprescindível e inadiável.





Adair Pereira da Silva Júnior

domingo, 31 de janeiro de 2010

Hipertensão o que é? doença atinge um em cada três brasileiros

           Pressão alta é um inimigo silencioso, quando chega a dar sintomas é que a situação já está muito grave. Aos 50 anos, metade dos brasileiros são hipertensos. Um encontro rápido com frequentadores do Mercado Municipal de São Paulo já dá uma ideia de como esse mal atinge muita gente.


“Não estou sentindo dor na nuca, não estou sentindo cansaço, não estou sentindo fadiga. Estou bem, fisicamente bem”, conta o comerciante Eduardo Baracho.

Esse é o problema da dificuldade que a gente tem pra controlar a pressão. Porque as pessoas ficam esperando se sentir mal. E pressão alta não dá sintoma. Ela vai dar dor de cabeça, dor na nuca, tontura, aqueles pontos brilhantes, quando ela estoura, quando ela vai a 22, 23, quando você está correndo risco de vida.
A pressão alta é um problema de saúde gravíssimo. Ela é responsável por 40% dos ataques cardíacos, 80% dos acidentes vasculares cerebrais - os derrames - e 25% dos casos de insuficiência renal em estado terminal.



O objetivo do tratamento da pressão é deixar sua pressão 12 por 8.

Pressão alta é quando a máxima é igual ou maior do que 14. E a mínima igual ou maior do que 9.

Qual é o mecanismo fisiológico que leva à hipertensão, ao aumento da pressão arterial?

“A hipertensão, ela está ligada ao sistema cardiovascular, coração e o sistema circulatório, as artérias e as veias. O que é mais comum é um problema nas artérias, que elas vão ficando mais rígidas e não se relaxam como deveria. O coração bomba o sangue para essas artérias mais rígidas, menos elásticas e a pressão arterial sobe”, explica o médico Paulo Ayrosa, nefrologista.

Dráuzio Varella explica que a cada nove gramas de sal que você ingere, o corpo retém um litro de água que pode sobrecarregar seu coração. Por isso recomenda que se use pouco sal na cozinha, pouco óleo, pouca gordura. Devemos verificar sempre o conteúdo de sal dos alimentos industrializados, mesmo doces, chocolates e refrigerantes podem conter quantidades muito elevadas de sódio.


Pressão alta é doença grave, mas só quando não está sob controle. E controlar não é difícil.

“Primeiro, tem que controlar o sal que come, comer pouco sal. Segundo, fazer exercício, atividade física. Terceiro, perder peso. Vai ao médico e vai tomar o remédio regularmente. Desculpa a bronca”, recomenda Dráuzio Varella.

Materia exibida no Fantastico dia 31/10/2010.